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Bolsonaro e Lula: quem são os candidatos à presidência da República nas eleições 2022


O Brasil vive, sem dúvidas, uma das maiores polarizações da história. E o embate entre o atual presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL) e o principal adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PL) é o resultado disso. O segundo turno das eleições que acontece neste domingo 30 vai decidir quem será o presidente do Brasil pelos próximos quatro anos. Por isso, com informações da Folhapress, você vai poder conhecer os dois candidatos ao Executivo nacional.
Jair Messias Bolsonaro

Jair Bolsonaro (PL), ex-deputado e capitão reformado do Exército, concorre contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em busca de se tornar o quarto presidente a se reeleger desde a redemocratização.
Nascido em Glicério (SP), foi eleito para o Legislativo federal em sete oportunidades antes de chegar ao Palácio do Planalto em meio a uma onda antipetista e à prisão de Lula. Veja os principais momentos da vida e da carreira política de Bolsonaro.


NASCIMENTO E INFÂNCIA

Bolsonaro nasceu em Glicério, de uma família de imigrantes italianos e alemães. Na infância, morou em vários municípios paulistas, como Ribeira, Sete Barras e Eldorado, onde cresceu. É o terceiro filho de seis.

CARREIRA MILITAR

Bolsonaro entrou na Escola Preparatória de Cadetes do Exército aos 17 e, depois, na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), formando-se em 1977 e integrando o setor de paraquedismo na corporação.

PRISÃO

Quando integrava o Exército, Bolsonaro ficou preso durante 15 dias por escrever um artigo na revista Veja em que reclamava das condições salariais dos militares, segundo ele, precárias. O texto chegou a gerar uma manifestação em frente ao complexo militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. Dois anos depois, o STM (Superior Tribunal Militar) o absolveu.

BOMBA E IDA À RESERVA

Em 1987, a Veja publicou que Bolsonaro e outro oficial planejavam explodir bombas-relógio em unidades militares do Rio de Janeiro, com esboços do plano atribuídos ao hoje presidente. Ele foi condenado por unanimidade pelo CJM (Conselho de Justificação Militar), mas recorreu ao STM, sendo então absolvido.
Com o caso, decidiu ir para a reserva e iniciar a carreira política, concorrendo à vaga de vereador.

POLÍTICA E ELEIÇÃO PARA VEREADOR

Bolsonaro entrou na vida pública com a exitosa candidatura a vereador do Rio de Janeiro pelo antigo PDC (Partido Democrata Cristão). Empossado em 1989, apresentou sete projetos de lei, todos relacionados a causas militares. Deixou o cargo em 1991 para se tornar deputado federal.

DEPUTADO FEDERAL

Eleito deputado federal em 1990, Bolsonaro tomou posse no ano seguinte, ainda pelo PDC. Manteve-se no cargo por sete mandatos, contabilizando 28 anos no Legislativo. Tentou ser presidente da Câmara em 2005, 2011 e 2017, sendo derrotado todas as vezes.

PARTIDOS POLÍTICOS

Além do PDC, partido pelo qual foi eleito vereador e deputado federal pela primeira vez, Bolsonaro foi filiado a muitas outras siglas ao longo de sua carreira: PPR, PPB -que depois se tornou o PP, do qual ele também fez parte-, PTB, PFL -que mais tarde se tornou DEM e hoje é o União Brasil-, PSC, PSL e PL. Tentou criar uma legenda, que se chamaria Aliança pelo Brasil, mas não conseguiu a quantidade de assinaturas necessárias para oficializar a criação do partido.

RELAÇÃO COM DITADURA MILITAR

Bolsonaro já declarou em diversas entrevistas ser favorável à ditadura que comandou o Brasil entre 1964 e 1985. Também já afirmou que considera o golpe que alçou os militares ao poder uma “revolução”.

ANTIPETISMO E CANDIDATURA À PRESIDÊNCIA

Diante da crescente rejeição ao PT e da popularidade da Operação Lava Jato, Bolsonaro decide se candidatar a presidente em 2016.

FACADA E QUASE MORTE

Em 6 de setembro de 2018, sofreu uma facada durante ato em Juiz de Fora, no interior de Minas Gerais. Foi atingido no abdômen e precisou passar por três cirurgias. O autor do crime, Adélio Bispo de Oliveira, foi preso e absolvido por ser considerado inimputável devido a problemas psicológicos.

2018 E PRESIDÊNCIA

Bolsonaro recebeu 46% dos votos no primeiro turno, chegando em primeiro lugar na segunda rodada contra Fernando Haddad (PT), que reuniu 29,28% dos votos. O segundo turno não teve nenhum debate entre os dois candidatos devido à recuperação do deputado federal após o episódio da facada.
Foi eleito com 55,13% dos votos válidos, contra 44,87% do ex-prefeito de São Paulo.

PANDEMIA DE COVID

A condução de Bolsonaro durante a pandemia de coronavírus foi amplamente criticada, com o presidente se posicionando de forma contrária ao isolamento social, recomendando o uso de cloroquina, medicamento sem eficácia comprovada contra a Covid-19, e atrasando a compra de vacinas.

ATRITOS COM JUDICIÁRIO

O mandato de Bolsonaro também ficou marcado por vários atritos entre o chefe do Executivo e o Judiciário, especialmente o STF e o ministro Alexandre de Moraes. Ele já chamou o magistrado de “vagabundo” e ameaçou não cumprir decisões da corte.

Luiz Inácio Lula da Silva

Ex-presidente, líder sindicalista e ex-deputado por São Paulo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concorre, em sua sexta eleição presidencial, contra Jair Bolsonaro (PL) em um contexto de grande polarização.
Desde que iniciou sua carreira política, o petista participou da criação do Partido dos Trabalhadores, moderou posições no decorrer de pleitos presidenciais e, após passar a faixa para Dilma Rousseff (PT), viu crescer a Operação Lava Jato, que o levou à prisão 2018, às portas da votação que elegeu seu rival atual.

Veja os principais momentos da vida e da trajetória política de Lula.

NASCIMENTO E VINDA À SÃO PAULO

Lula nasceu em Garanhuns, cidade do interior de Pernambuco, em 1945. De família pobre, foi a São Paulo com oito anos, primeiro ao litoral, onde morou com o pai, e depois à capital paulista, três anos depois.

INFÂNCIA E TRABALHO

Aos 12 anos, Lula trabalhou como entregador de roupas em São Paulo e auxiliar geral nos Armazéns Gerais Colúmbia. Mais tarde, fez um curso de tornearia mecânica no Senai e exerceu a profissão na Parafusos Marte, empresa na qual perdeu o dedo mínimo em um acidente com o torno mecânico.

SINDICALISMO, DITADURA E DIRETAS JÁ

Lula tinha 18 anos em 1964, quando os militares deram um golpe de Estado, e não se interessava por política à época. Quatro anos depois, filiou-se ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e passou a se engajar politicamente, ainda que relutante.
Com o aumento de sua participação na organização trabalhista, Lula assumiu a presidência do sindicato e liderou as greves gerais de 1979 e de 1980, sendo preso por 31 dias. O petista também ganhou protagonismo no movimento das Diretas Já, que pedia eleição direta para presidente em 1985.

O PT E A ASSEMBLEIA CONSTITUINTE

Lula participou da criação do PT, partido pelo qual foi eleito deputado constituinte, colaborando com a elaboração da Constituição na Câmara dos Deputados, Casa na qual permaneceu até 1991.

CAMPANHA PRESIDENCIAL DE 1989

Lula concorreu à Presidência pela primeira vez em 1989, o primeiro pleito para o cargo após a ditadura. Foi derrotado por Fernando Collor de Mello, que exerceu o cargo até 1992, quando sofreu impeachment.

LULA E FHC

O petista enfrentou Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que o apoiou em 1989, nas disputas presidenciais de 1994 e 1998. O tucano venceu as duas eleições em primeiro turno, e Lula ficou em segundo lugar.

VITÓRIA EM 2002

Na quarta tentativa de chegar ao Planalto, Lula venceu José Serra (PSDB) com 61% dos votos no segundo turno, após uma série de concessões políticas para agradar setores mais conservadores e o mercado.

REELEIÇÃO EM 2006 E MENSALÃO

O primeiro mandato do petista manteve como premissas o controle da inflação e a estabilidade fiscal, o que gerou bom crescimento econômico. Por outro lado, o mensalão, revelado em 2005, esquema de pagamento de propina para que deputados votassem em projetos de interesse do governo, abalou o governo. Mesmo com o escândalo, Lula foi reeleito em disputa contra Geraldo Alckmin, à época no PSDB.
Outro ponto forte dos mandatos do ex-sindicalista são os programas sociais criados ou alargados durante sua administração, como o Minha Casa Minha Vida e a expansão do Bolsa Família.

LULA E DILMA

Após dois mandatos com crescimento econômico e investimento em pautas sociais, Lula emplacou a candidatura de Dilma Rousseff (PT), ex-ministra da Casa Civil, à Presidência. O petista saiu do Planalto com aprovação de 83%, de acordo com pesquisa Datafolha realizada ao fim de suas administrações. Anos depois, e com o governo de Dilma em crise, foi nomeado ministro da Casa Civil a fim de negociar com a base aliada, que desembarcava em meio ao processo de impeachment contra a então presidente.

A iniciativa, porém, não vingou, já que trechos divulgados de gravações telefônicas entre Lula e Dilma sugeririam a nomeação como forma de garantir foro privilegiado ao petista, e o ministro do STF Gilmar Mendes suspendeu a designação.

CÂNCER

Lula recebeu, em novembro de 2011, o diagnóstico de câncer na laringe, doença que o submeteu a sessões de radioterapia e quimioterapia. Foi considerado curado em junho de 2012.

OPERAÇÃO LAVA JATO

Após deixar a Presidência, o petista assistiu ao desenvolvimento da operação que revelou o repasse de bilhões de reais em propina a políticos e que o investigou devido a suspeitas envolvendo um tríplex em Guarujá e um sítio em Atibaia. Lula também foi alvo de investigação na Operação Zelotes, que apurava casos de corrupção no Ministério da Fazenda.

MORTE DE MARISA LETÍCIA

Casada com Lula por 43 anos, Marisa Letícia Lula da Silva morreu em 2017, aos 66 anos. Ela foi internada no Hospital Sírio-Libanês após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral). O ex-presidente perdeu a esposa em um momento difícil da vida política -era réu em cinco ações na Justiça.
Antes de Marisa Letícia, Lula foi casado com a mineira Maria de Lourdes da Silva, que faleceu devido a hepatite no ovário durante o oitavo mês de gravidez de um filho com o petista.

PRISÃO EM CURITIBA

Após a condenação em segunda instância pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex, Lula foi preso em abril de 2018, quando iniciou o cumprimento da pena de nove anos e seis meses de reclusão. Impedido de concorrer à Presidência, foi substituído pelo ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), que perdeu o pleito contra o então deputado federal Bolsonaro.

MORO PARCIAL

Em junho do ano passado, o STF declarou o ex-juiz Sérgio Moro parcial na condução do processo do tríplex de Guarujá, que levou Lula à prisão por 580 dias. Assim, ele foi autorizado a disputar eleições novamente, já que não constariam mais condenações em sua ficha.

CASAMENTO COM JANJA

Lula se casou em maio deste ano com a socióloga Rosângela Silva, a Janja. Os dois se conheceram um pouco antes da prisão do ex-presidente, e ela o visitava com frequência à sede da Polícia Federal em Curitiba. Janja vem se engajando cada vez mais na campanha do petista.

Via Agora RN

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