Um dos últimos integrantes da quadrilha do perigoso Valdetário ainda em liberdade, foi preso nesta terça-feira (19), escondido na cidade de Garanhuns, interior de Pernambuco. A prisão ocorreu após um trabalho de buscas das policiais civil do RN e de Pernambuco.
O foragido em questão é Arivone Gonçalves da Silva, de 56 anos. Ele é conhecido como "Cabeludo" e foi condenado a 27 anos de prisão por envolvimento na morte de um prefeito do RN e da família dele, além de participação na onda de roubos a banco que resultou na morte do delegado de Polícia Civil Robson Luís de Medeiros Lira, na época com 43 anos.
As diligências tiveram início após policiais civis do RN identificarem que o condenado residia em Garanhuns. Com a colaboração da Polícia Civil de Pernambuco, foi possível localizar o homem e cumprir o mandado de prisão expedido pela Vara Única da Comarca de Campo Grande/RN.
Segundo informou a Polícia Civil, Arivone Gonçalves foi condenado pelo assassinato do agropecuarista Vicente Veras e de funcionário dele, Erismar, em 2003. O crime aconteceu entre os municípios de Triunfo Potiguar e Paraú, no Rio Grande do Norte, enquanto as vítimas viajavam para Natal e foram surpreendidas por homens armados com pistolas e fuzis.
Além da condenação pelo duplo homicídio, Arivone também é apontado como participante de um assalto a bancos na cidade de Macau, em 2002, que resultou na morte do delegado Robson Luís de Medeiros Lira.
Segundo informações da época, no início da tarde de 4 de junho de 2002, uma quadrilha composta por cerca de 20 homens, liderada por José Valdetário Benevides e Francimar Fernandes Carneiro, assaltou simultaneamente as agências do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco do Brasil (BB), em Macau. Os suspeitos estavam armados com fuzis, pistolas e metralhadoras, utilizando caminhonetes para a ação criminosa.
Arivone foi ainda alvo de destaque nacional, quando sua participação no assassinato do prefeito de Caraúbas, Agnaldo Pereira, em 2001, foi tema do programa Linha Direta. Na ocasião, o prefeito, sua esposa, dois seguranças e o caseiro foram assassinados nas proximidades de Mossoró.
Após a prisão, Arivone foi conduzido à delegacia para os procedimentos legais e, em seguida, encaminhado ao sistema prisional de Pernambuco, onde permanecerá à disposição da Justiça. A Polícia Civil reforça a importância de a população colaborar com informações, de forma anônima, por meio do Disque Denúncia 181.