Em meio a discussão sobre o pacote de gastos e a diminuição dos gastos públicos capitaneado pelo ministro Fernando Haddad, da Fazenda, o pagamento de auxílios e penduricalhos acima do teto do funcionalismo público custou R$ 20 bilhões nos últimos seis anos.
Somente em 2024, 92% dos servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público receberam mais que o teto do funcionalismo público – fixado em R$ 44 mil -, ou seja, um ‘supersalário’, em ao menos um mês.
Trata-se de um aumento em relação a 2018, quando a taxa de servidores do Judiciário e do MP que receberam vencimentos acima do teto era de 83%.
O levantamento realizado pela instituição República.org no Anuário de Gestão de Pessoas no Serviço Público considerou ganhos de servidores da ativa, inativos e pensionistas.
“Quando falamos de ‘supersalário’, é super mesmo. São salários de R$ 1 milhão, de R$ 1,2 milhão. Não é de R$ 44 mil para R$ 48 mil, ou R$ 52 mil, que já seria legal para caramba. Não, são sete dígitos. Coisa de louco”, analisou o âncora Luiz Megale.
Neste mês, em Roraima, membros do Tribunal de Contas do Estado receberam ‘supersalários’ de quase R$ 2 milhões. Segundo dados do próprio portal do TCE-RR, o presidente da corte, Célio Rodrigues Wanderley, e a conselheira Cilene Lago Salomão receberam R$ 1,8 milhão em setembro.