Pular para o conteúdo principal

PI 072813 (02)

PI 072813 (02)

Torreão FM web

PI 072813 (01)

PI 072813 (01)

ALRN PI 011818 28 03 24

ALRN PI  011818   28 03 24

LAPAC JOÃO CÂMARA - 3262-3478 - 99401-7616

GOVERNO DO RN

GOVERNO DO RN

Em 10 anos, número de benefícios pagos pelo INSS cresce três vezes mais do que o de contribuintes

Um estudo sobre as contas da Previdência Social constatou que, em dez anos, o número de benefícios pagos pelo INSS cresceu três vezes mais do que o de contribuintes.

O levantamento foi publicado pelo jornal “O Globo”. O economista Rogério Nagamine, especialista em políticas públicas, analisou as contribuições e pagamentos da previdência de 2012 a 2022 com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, levando em consideração quem fez ao menos uma contribuição ao ano.

Enquanto o número de contribuintes para a previdência aumentou, em média, 0,7% ao ano, os pagamentos de benefícios como aposentadorias e auxílios saltaram três vezes mais: uma média de 2,2% ao ano. Ou seja, as contribuições dos trabalhadores à previdência não acompanham a velocidade do pagamento de benefícios que crescem muito e em um ritmo mais rápido.

O estudo mostrou que, da população economicamente ativa de 129 milhões de pessoas, mais de 70 milhões não contribuíram para a previdência. Rogério Nagamine, que foi subsecretário do regime geral de Previdência Social no governo passado, afirmou que o envelhecimento da população brasileira tem desequilibrando o sistema.

“Enquanto a população idosa, de 60 anos ou mais de idade, cresce a um ritmo de quase 4% ao ano, a população que é mais em idade de trabalhar, de 16 a 59 anos, cresce a um ritmo abaixo de 1% ao ano. Então, por essa questão demográfica, eu diria que estruturalmente é natural esperar que o ritmo de crescimento dos benefícios seja sempre muito superior ao dos contribuintes para a previdência. Isso vem acontecendo e isso deve continuar acontecendo nas próximas décadas”, diz Nagamine.

Como justificativas para o desequilíbrio, o estudo também listou desempenho fraco da economia brasileira no período analisado e a evolução do mercado de trabalho abaixo da esperada. Mostrou ainda que a escolaridade tem relação direta com a contribuição. Apenas 13% dos trabalhadores sem instrução ou com menos de um ano de estudo contribuem para a previdência. No caso de trabalhadores com ensino superior, o número é de 72%.

O gasto com a previdência é o maior do orçamento público. Leonardo Rolim, ex-presidente do INSS, afirmou que o sistema precisa de ajustes constantes, porque a longevidade da população está aumentando.

Comentários