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Ameaça de guerra dos EUA contra a Coreia do Norte é apenas propaganda de ambos os lados, diz especialista

Kim Jong-un inspeciona míssil, dentro de retórica ameaçadora


Se há um lugar no mundo em que ainda estão vivos resquícios da Guerra Fria, este lugar é um país montanhoso, isolado atrás das ondas de mares do Pacífico Norte, chamado Coreia do Norte. Das disputas pelo poder entre americanos e japoneses, de um lado, e soviéticos e chineses, do outro, vieram a influência comunista no norte, a Guerra da Coreia (que não teve até hoje uma paz decretada), o domínio da Coreia do Norte por uma ditadura familiar e as rusgas com o Ocidente que se intensificaram a partir do momento em que o jovem e excêntrico Kim Jong-un assumiu o poder, no fim de 2011.
A retórica belicista passou a ser uma constante no discurso de Jong-un. E, passados seis anos, eis que até os especialistas americanos admitem que as ameaças de desenvolvimento de arma nuclear norte-coreana deixaram de ser bravatas. No entanto, o que se vê, por parte dos americanos, é uma retórica agressiva, mas nenhum indício de intervenção, como é feito, por exemplo, em países como Síria e Iraque com certa frequência. Para o economista Chau Kuohue, mestre em Finanças pela Fundação Getúlio Vargas, nem mesmo a chegada de Donald Trump, com sua postura nacionalista, mudará esse panorama.
— É inquestionável  que o governo anterior, de Barack Obama, buscou um discurso mais na linha conciliadora. Mas o discurso de Trump também não passará de retórica para o público interno, já que uma intervenção na Coreia do Norte não interessa aos Estados Unidos. Acredito que as de ambos os lados sejam apenas propaganda. Os Estados Unidos têm por objetivo dar um recado à China, para que ela tome alguma atitude. E também implementar uma política externa que transfira contingentes para a Ásia. É apenas uma maneira de manter equilíbrio com China e Rússia.
Estudos revelam até mesmo o tempo que um míssil balístico do norte-corenano demoraria para chegar a território americano: cerca de 30 minutos. Militares dos Estados Unidos, porém, mostram tranquilidade. Eles garantiram aos norte-americanos, nesta quarta-feira (5), que o país está preparado para se defender de qualquer ameaça de um míssil balístico intercontinental. Defesa à parte, a resposta mais plausível a que se chega para entender a falta de interesse dos Estados Unidos em invadirem a península tem relação com o caráter estratégico, segundo Kuohue, hoje morando no Brasil, mas um especialista na região, por ter nascido na China.
Para ele, a Coreia do Norte não é um grande produtor de petróleo, mas esse fator não é tão representativo para o desinteresse americano em uma intervenção militar no país.

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