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Descoberto provável local de origem do óleo que invadiu praias do Nordeste


Em meio aos mistérios da origem do óleo que invade as praias do Nordeste, tendo sido recolhido em Salvador, apenas nesta quinta-feira (17), mais de 47 toneladas do material, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apontaram o que seria o ponto de origem dos vazamentos.
O local provável seria numa área entre 600 km e 700 km da costa brasileira, numa faixa de latitude com centro na fronteira entre Sergipe e Alagoas. As informações são do jornal O Globo.
A área foi determinada por pesquisadores da Coppe, o centro de pós-graduação em engenharia da UFRJ, com uma simulação de computador.
A pedido da Marinha, os pesquisadores Luiz Landau e Luiz Paulo Assad rodaram um modelo matemático de correntes marinhas no Atlântico e cruzaram os dados com o mapa de manchas de óleo encontradas na costa do Nordeste.
Ao inverterem o sentido temporal do modelo de computador, a partir dos pontos de destino do óleo fragmentado, chegaram a uma estimativa sobre sua origem.
O centro da área apontada pelos cientistas fica fora da zona econômica exclusiva do Brasil, em águas internacionais.
"A gente estava interessado em entender a origem desse descarte ou vazamento de óleo", disse Landau ao O Globo. "A gente já encerrou essa parte da análise, que já foi entregue para a Marinha. Na semana que vem vamos começar a trabalhar em tentar entender como vai ser a dispersão do óleo daqui para frente", complementou.

De acordo com os pesquisadores, a estimativa da provável origem do vazamento não pode ser rastreada a uma área menor, porque é difícil saber quando exatamente cada mancha chegou em cada praia do Nordeste.
As datas oferecidas pelo Ibama são referentes ao momento em que o óleo foi detectado e notificado, não necessariamente ao instante em que cada praia recebeu o material.
"Além disso, existe muita incerteza com relação à trajetória do óleo, porque ele correu abaixo da superfície, o que dificulta muito a analise", afirma Assad.  "Não sabemos quanto tempo esse óleo demorou para 'intemperizar', ou seja, sofrer processos de mudanças da características físico-químicas para entrar abaixo na coluna d'água", continuou.
Segundo os pesquisadores, agora que os dados estão nas mãos da Marinha, eles esperam que a pesquisa contribua para o rastreamento de embarcações que podem ter sido responsáveis pelo incidente.
Landau afirma que, em princípio, é possível também tentar estimar quanto tempo durou a liberação do óleo, o que poderia ajudar a responder se o vazamento foi pontual ou gradual, e se ainda persiste. Para isso, porém, seria preciso processar mais dados. As informações são do O Globo.

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