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Hoteleiro diz que procuradora usa cargo para travar desenvolvimento



O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) no Rio Grande do Norte, José Odécio Júnior, acusou a procuradora do Estado Marjorie Madruga de usar o cargo “para atrapalhar o desenvolvimento” do Rio Grande do Norte. A declaração foi dada nesta quinta-feira, 1º, a uma emissora de rádio local.
“Tem que dar um basta ao que essa senhora está fazendo, não só no caso daquele entulho que ela insiste em manter de pé [o Hotel Reis Magos, na Praia do Meio], mas também por causa dos entraves que ela cria no Idema [Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente] para manter as coisas no atraso que estão”, desabafou Odécio.

O hoteleiro elogiou a governadora Fátima Bezerra no plano fiscal, a quem atribuiu “pragmatismo” nas decisões ligadas ao turismo, mas apelou para que a conduta da procuradora Marjorie Madruga tenha um paradeiro. “É preciso dar um basta a essa senhora”, afirmou. “Todo mundo pensa como eu, mas é preciso ter coragem e enfrentar essa situação”.
Conhecida por atacar publicamente a candidatura do atual presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais durante a campanha eleitora, Marjorie Madruga voltou aos holofotes recentemente ao defender o tombamento do Hotel Reis Magos, já rejeitado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) de Brasília, que é o responsável pela organização nacional do Instituto.
A despeito de decisões anteriores da Fazenda Pública e Iphan de que a representatividade do hotel não é de relevância nacional, a procuradora argumentou que se baseava em recurso do Instituto Dos Amigos do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural e da Cidadania (Iaphaac) para defender a revogação esta decisão.
Empresários do trade turístico e alguns do varejo ouvidos nesta quinta-feira pelo Agora RN, que pediram para não se identificar, concordaram com as críticas do presidente local da ABIH e consideram “retrógrada” e “atrasada” a posição da procuradora.
“Ela só pode querer manter aquele lixão a céu aberto por mais um década, até porque quem teria dinheiro para recuperar aquele entulho?”, questionou uma dessas fontes.
Marjorie Madruga está à frente deste processo por fazer parte da Procuradoria do Patrimônio e da Defesa Ambiental. Para ela, tanto o proprietário do hotel quanto o Poder Executivo deixaram de exercer suas responsabilidades sobre o local.
“O proprietário do bem abandonou ele (o hotel) há mais de 20 anos. Com isso, deixou de cumprir sua função sobre ele, o que é um dever legal. Assim como o município de Natal, que também deixou de cumprir seu papel e exigir do proprietário que ele cumpra sua função social da propriedade”, explicou ela numa entrevista ao Agora RN no mês passado.
Sobre a espera por uma resolução sobre o tombamento do hotel, a procuradora afirmou que o processo não é algo a ser solucionado de imediato, devido à complexidade do caso.
Há anos, o grupo de Hotéis Pernambuco tenta demolir a propriedade, tendo como base perícias que indicam a inviabilidade financeira de recuperar o imóvel.

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