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''Forças Armadas são do Brasil, não do governo'', diz Barroso

(foto: AFP / EVARISTO SA)

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, neste domingo (3/5), em entrevista a Globo News, que "vê com preocupações" as declarações do presidente Jair Bolsonaro de que as Forças Armadas estão do lado do governo. Para o magistrado, as manifestações que ocorreram na Esplanada e pediram o fechamento do Supremo e do Congresso Nacional estão "dentro da democracia", mas é necessário protestar dentro da legalidade. Ele condenou ataques contra jornalistas.

As declarações do presidente da República ocorreram em uma manifestação, realizada em frente o Palácio do Planalto, que pedia o fechamento do Supremo e do Congresso.O ministro Barroso destacou que não existe, no momento, interferência de um poder da República em outro. Mas defendeu que os agressores de jornalistas do Estado de São Paulo, que foram atacados a chutes e empurrões durante o ato, sejam identificados e condenados pelo que fizeram. "Manifestantes apoiavam o governo, e muitos criticavam o Congresso. E alguns pediam, inclusive o fechamento do Congresso e do Supremo. Eu devo dizer que eu considero estas manifestações um exercício da liberdade de expressão dentro de uma democracia... Nesta manifestação houve agressões a jornalistas. Ai a questão muda de figura. Ai não são mais manifestantes, são criminosos. Criminosos comuns que devem responder a processo criminal e serem condenados por lesão corporal", disse.


O magistrado demonstrou preocupação com o discurso de Jair Bolsonaro em relação as Forças Armadas, e declarou que são instituições de Estado, e não de governo. "A mim, pessoalmente, só me preocupou uma coisa. A invocação de que as Forças Armadas apoiavam o governo. E ai eu acho que esse é um fato que trás algum grau de preocupação. As Forças Armadas são instituições do Estado, subordinadas à Constituição, e portanto, não estão dentro de governo, não estão vinculadas a governo algum. Portanto, não se deve lançar as Forças Armadas no varejo da política. Isso foi o que aconteceu na Venezuela, com os resultados que nós verificamos", acrescentou.

"Eu fui professor da Escola de Estado Maior do Exército por muitos anos, desde a década de 90. E sou testemunha da dedicação, do patriotismo e dos compromissos do Brasil dentro das Forças Armadas. Eu sou de uma geração que se opôs ao regime militar, devo dizer que passei a admirá-los por esse compromisso com o Brasil e não com qualquer governo. Eu duvido que as Forças Armadas se prestem a esse papel de ingressar no varejo político, no debate político ordinário", completou Barroso.

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