Em 15 de março de 44 a.C., uma das figuras mais poderosas da Roma Antiga, o imperador Júlio César, foi brutalmente assassinado por um grupo de senadores romanos, entre eles, Marcus Junius Brutus — alguém que o próprio César considerava um aliado e até amigo. O crime ocorreu no Senado romano, em pleno exercício do poder, com 23 punhaladas.
Os conspiradores justificaram o ato como uma defesa da República. Temiam que César estivesse se tornando um ditador vitalício e, assim, destruísse a democracia romana. A frase atribuída a César no momento do ataque — "Até tu, Brutus?" — simboliza, até hoje, o sentimento de traição profunda, especialmente quando parte de alguém próximo.
Brutus e os dias atuais
O gesto de Brutus pode ser contextualizado nos tempos modernos como um exemplo clássico de traição política em nome de um suposto bem maior. Líderes, aliados e figuras públicas muitas vezes justificam rupturas, denúncias ou derrubadas de governos como atos em defesa da "democracia" ou da "moral pública", ainda que motivados por interesses pessoais ou disputas de poder.
Assim como na Roma Antiga, decisões políticas cercadas de traições e jogos de influência continuam moldando o destino de nações. O assassinato de Júlio César nos lembra que, quando o poder está em jogo, nem sempre a lealdade resiste — e as consequências podem mudar o rumo da história.