O Hospital Municipal Antônio Ferraz, localizado em Macau, tem chamado atenção por um dado inusitado e preocupante: o consumo de 452 quilos de alho in natura em apenas seis meses. A informação foi divulgada com base em dados do Portal da Transparência e está gerando grande repercussão local.
A compra foi feita junto à empresa Bruno P. Ferreira LTDA, de Assú, ao valor de R$ 29 por quilo, somando quase R$ 15 mil apenas com esse item. A quantidade — próxima de meia tonelada — levanta suspeitas de possível desperdício, má gestão ou superfaturamento, principalmente diante das dificuldades enfrentadas pelo sistema de saúde do município, como a falta de insumos básicos e denúncias de precariedade.
Apesar da gravidade dos números, parte da Câmara Municipal tem adotado uma postura discreta e midiática, segundo críticas locais, deixando de exercer plenamente seu papel de fiscalização.
Enquanto isso, a população — que já sofre com deficiências na saúde pública — segue arcando com uma conta que, segundo os moradores, "cheira a exagero".
A situação reforça a necessidade de maior transparência e controle dos gastos públicos, especialmente em áreas tão sensíveis como a saúde.