O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou oficialmente nesta quarta-feira (30) em defesa da soberania nacional e da independência dos Poderes, após o governo dos Estados Unidos anunciar sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros — com exceções para cerca de 700 itens.
Na nota, Lula classificou como "inaceitável" a interferência norte-americana na Justiça brasileira e reiterou que o Brasil é um país democrático, soberano e defensor do multilateralismo e dos direitos humanos. “É inadmissível que argumentos políticos sirvam para justificar medidas contra nossa economia e nossas instituições”, afirmou.
O presidente também expressou solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes, afirmando que ele é alvo de perseguição por parte de políticos brasileiros que “traem a pátria em defesa de interesses próprios”.
Lula destacou que a independência do Judiciário é um dos pilares da democracia e que qualquer tentativa de enfraquecê-lo representa uma ameaça ao regime democrático. Ressaltou ainda que todas as empresas e cidadãos — inclusive plataformas digitais — devem respeitar as leis brasileiras, que combatem o ódio, o racismo, a pornografia infantil e atentados contra a democracia.
Por fim, o governo brasileiro afirmou estar aberto a discutir aspectos comerciais com os EUA, mas sem abrir mão de mecanismos legais de proteção, como a Lei de Reciprocidade Comercial, e já prepara um plano de contingência para enfrentar os impactos das tarifas anunciadas.
Com informações da Agência Brasil