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Barroso e Gilmar batem boca e Fux encerra sessão sobre suspeição de Moro


Com placar de 7 votos a 2 pela manutenção da suspeição de Sergio Moro, Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes iniciaram um bate-boca no julgamento, que foi encerrada por Luiz Fux.

Gilmar pediu a palavra para criticar a decisão de Edson Fachin de levar o caso ao plenário, mesmo após a Segunda Turma ter decidido pela parcialidade do ex-juiz.

“O processo estava sob minha vista. Não cabia ao relator pedir adiamento. Portanto, cabia a mim colocar o processo para julgamento”, disse Gilmar Mendes.

Luís Roberto Barroso pediu a palavra e disse que, se havia uma divergência entre Edson Fachin e a Segunda Turma sobre o julgamento, caberia ao plenário do STF resolver.

“Se os dois órgãos têm o mesmo nível hierárquico, um não pode atropelar o outro”, disse Barroso.

“Talvez isso no Código do Russo”, rebateu Gilmar Mendes, referindo-se a Moro.

“Não precisa vir com grosseria. Existe no código do bom senso. Se um colega acha uma coisa e outro acha outra, é um terceiro que tem de decidir. Vossa Excelência sentou na vista durante dois anos e depois se acha no direito de ditar regra para os outros”, respondeu Barroso.

Gilmar Mendes reagiu: “O moralismo é a pátria da imoralidade”.

“Nada de moralismo, é só respeitar as regras”, afirmou Barroso. “Não tem moralismo nenhum. Vossa Excelência cobra dos outros o que não faz.” “Fica criticando o ministro Fachin depois de ter levado dois anos com o processo embaixo do braço, esperou a aposentadoria do ministro Celso, manipulou a jurisdição. Ora, depois vai e acha que pode ditar regra para os outros.”

Gilmar Mendes, então, disse: “Vossa excelência perdeu, perdeu.”

“Vossa Excelência não tem esse papel. Absolutamente. Está errado”, protestou Barroso.

Fux, que já havia tentado encerrar a sessão, interrompeu a discussão. “Me perdoem, não gosto de cassar a palavra de ninguém, não gosto de cassar as palavras dos colegas, mas está encerrada a sessão.”

Ainda faltam os votos de Marco Aurélio e Luiz Fux. O presidente do STF disse que o julgamento seria retomado na próxima quarta, mas Marco Aurélio, que pediu vista, ainda não informou quando liberará o voto.

O Antagonista

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