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Deputado acusa professores de estarem de “férias”. Isolda defende categoria: “fizeram de suas casas salas de aula”

 


Em um debate na sessão da Assembleia Legislativa o deputado estadual Tomba Farias (PSDB) criticou o posicionamento do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado Rio Grande do Norte (SINTERN) de só retornarem as aulas presenciais quando os profissionais tiverem tomado a segunda dose.

A entidade ameaça entrar em greve caso o Governo do Estado mantenha a decisão de retomar as aulas presenciais no dia 26 de julho.

“E agora, deputado Hermano, vem a greve dos professores. Greve de quê? Estão em férias há 1 ano e 9 meses. Há um ano 1 nove meses que não tem aula no Rio Grande do Norte”, disse Tomba. Que em seguida questionou qual seria a próxima desculpa.

Ele foi rebatido pela deputada Isolda Dantas (PT) que lembrou que a categoria não está em férias, mas dando aulas de forma remota. “Fizeram de suas casas salas de aula e com a pandemia passou a trabalhar muito mais”, argumentou. “O retorno das aulas precisa ser de forma segura. Porque não esperar a segunda dose da vacina. Nós temos obrigação de continuar seguindo a ciência. Nós estamos aqui para dizer aos profissionais da educação muito obrigada”, reforçou.

O SINTERN repudiou a fala de Tomba por meio de uma nota. Confira:👇

O SINTE/RN repudia as declarações do deputado estadual Tomba Farias (PSDB/RN). Recentemente, no plenário da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, o parlamentar disse que os “professores estão em férias” desde o início da pandemia da Covid-19. Ou seja, afirmou que os trabalhadores em educação estão recebendo seus salários sem prestar qualquer serviço. Essa afirmação irresponsável ofendeu toda uma classe que está acostumada a lutar muito para conseguir trabalhar ao mesmo tempo em que sofre ataques levianos.

Tomba Farias faz parte do time que desconhece ou propositalmente fecha os olhos para a situação dos professores. No conforto do seu gabinete, o Deputado possivelmente está desconectado da realidade. Afinal, não sabe que os educadores estão trabalhando, e muito, mais até do que em tempos normais. Todos os dias, sem horário certo para encerrar suas atividades, os professores estão sendo submetidos a uma rotina cansativa, que envolve preparação de planos de aulas, aulas remotas, correções de trabalhos e provas, reuniões virtuais, cobranças das direções das escolas e secretarias, enfim. Não por acaso o convívio familiar e até a saúde de muitos sofreram abalos.

E esses profissionais não contam com qualquer apoio de nenhuma secretaria de educação. Tiram dinheiro do próprio salário para custear a internet e dispositivos que utilizam diariamente, como celular, notebook, computador, microfone, entre outros. Muitas vezes nos finais de semana são obrigados a sacrificar a folga para prestar atendimento virtual aos estudantes e pais. Ao contrário de alguns, os professores não fingem trabalhar. Historicamente atuam com muita responsabilidade, e não seria diferente em plena pandemia.

No entanto, quando as negociações se esgotam é preciso sim chamar uma greve. Está na Constituição Federal de 1988. Hoje, como se sabe, talvez seja necessário decretar um movimento grevista. Mas em defesa da vida, pois reivindicamos voltar ao trabalho presencial após a segunda dose da vacina contra a Covid-19, fechando o ciclo de imunização. Na Rede Municipal de Natal há um fator agravante, que é a não atualização do Piso Salarial 2020, cobrada há 16 meses pelo SINTE/RN. E não é imoral ou ilegal exigir um direito garantido pela lei.

Portanto, diante da fala absurda, o SINTE/RN convida o deputado Tomba Farias para conhecer a realidade dos professores de perto. Assumir, mesmo que por 24 horas, a imensa responsabilidade que os trabalhadores em educação têm. Talvez, quem sabe, o parlamentar aprenda a valorizar a nossa categoria, que tanto faz para educar os filhos da classe trabalhadora, mesmo que muitas vezes em silêncio e sem qualquer reconhecimento, simbólico ou salarial.

Via blog do Barreto 


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