Uma publicação nas redes sociais do presidente da Câmara Municipal de João Câmara chamou atenção nesta semana ao expor, de forma indireta, um possível caso de extorsão envolvendo um blogueiro da região. Na postagem, o parlamentar escreveu:
“Tá virando meio de vida, aqui pertinho de nós. Ou paga ou é 'deselogiado’.”
A frase, carregada de crítica e ironia, foi seguida da definição da palavra extorsão, que significa forçar alguém, por ameaça ou coação, a fazer ou deixar de fazer algo em troca de vantagens financeiras ou pessoais.
Apurando o caso, descobrimos que o presidente da Câmara teria sido procurado por um blogueiro local no mês passado, com um pedido de ajuda no valor de R$ 300. De forma amigável, ele teria cedido, entendendo como um apoio momentâneo. Porém, neste mês, o blogueiro voltou a pedir o mesmo valor — e, diante da negativa, passou a publicar críticas e ataques ao parlamentar em seu blog.
O episódio reacende o debate sobre o uso indevido de ferramentas de comunicação por alguns que se autointitulam "imprensa" para fins de autopromoção, chantagem ou interesses próprios — prática que desvirtua o papel do jornalismo sério e comprometido com a verdade.
A atitude do presidente em expor o caso, ainda que de forma velada, levanta um alerta sobre a necessidade de responsabilização de quem tenta transformar a liberdade de expressão em moeda de troca. A população, por sua vez, merece acesso à informação honesta, ética e livre de interesses escusos.
A quem couber a carapuça, pode usar.