
Uma comissão mista do Congresso Nacional aprovou nesta terça-feira (8) a Medida Provisória que concede um reajuste linear de 9% no soldo dos militares das Forças Armadas. O aumento vale para ativos, inativos e pensionistas, e repete os termos de uma MP editada pelo governo federal em março deste ano.
Parte do reajuste já está em vigor desde abril, e outra parcela — de 4,5% — será aplicada em janeiro de 2026, caso a medida seja aprovada definitivamente pelos plenários da Câmara e do Senado. A MP perde validade em agosto, se não for convertida em lei.
Com o aumento, o soldo mais baixo passará de R$ 1.078 para R$ 1.177, enquanto cargos mais altos poderão ir de R$ 13.471 para R$ 14.711. Segundo o Planalto, o impacto será de R$ 3 bilhões em 2025 e R$ 5,3 bilhões no ano seguinte, beneficiando 740 mil pessoas.
O governo justifica a medida como forma de mitigar perdas inflacionárias e alinhar o reajuste aos concedidos a outros servidores públicos. Mesmo assim, representantes militares haviam pedido aumento maior, de até 18%, proposta considerada inviável pelo relator da MP, deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ), por falta de orçamento.