
As declarações recentes do ex-senador José Agripino Maia (União Brasil) sobre a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro caíram como uma bomba no meio político potiguar, especialmente entre os bolsonaristas. Para Agripino, a prisão de Bolsonaro “faz parte do processo democrático” e não há ditadura em curso no Brasil. “Não tem ditadura, não vejo ditadura nenhuma, eu vejo um conflito de poderes que se respeitam”, afirmou.
A fala desagradou profundamente a base da direita no Rio Grande do Norte, em especial o senador Rogério Marinho (PL), pré-candidato ao Governo do Estado e uma das principais vozes bolsonaristas da oposição a Lula. A irritação com Agripino é evidente nos bastidores, e as relações entre os dois líderes estão por um fio.
O racha no campo oposicionista potiguar parece cada vez mais evidente. Com pensamentos cada vez mais divergentes, a aliança entre União Brasil e PL para 2026 vai ficando mais improvável. José Agripino adotou um discurso que desagrada o bolsonarismo raiz — e isso pode ter consequências diretas no tabuleiro eleitoral do próximo ano.
Por Robson Pires