O depoimento de Abraão Lincoln à CPMI do INSS ganhou novos capítulos de tensão nesta semana. Durante a oitiva, o relator da comissão questionou diretamente o presidente da Confederação Brasileira de Pescadores sobre supostos gastos milionários na campanha municipal de 2024, em troca de apoio político para as eleições de 2026.
“Fiquei sabendo que o senhor gastou uma fortuna na campanha municipal de 2024 comprando apoio para a eleição de 2026. Isso é verdade?”, perguntou o relator.
Abraão negou ter financiado prefeitos ou candidatos no pleito passado:
“Não, senhor. respondeu.
Relator: Olha, Rio Grande do Norte, parem de inventar coisa”
O relator, porém, insistiu no tema e mencionou a existência de documentos e informações que apontariam o envolvimento de Abraão em negociações financeiras com lideranças locais. Diante da pressão, o depoente preferiu se calar:
“Vou ficar em silêncio, tá bom?”, limitou-se a dizer.
O silêncio do dirigente, que já havia sido preso por falso testemunho durante a CPMI, reacende as dúvidas sobre sua atuação política e as articulações para 2026 — especialmente em João Câmara, onde seu nome aparece ligado a alianças e apoios para o próximo pleito municipal.