Na sessão ordinária desta segunda-feira (04), o presidente da Câmara Municipal de João Câmara, vereador Fernando Guilherme, fez um pronunciamento contundente e esclarecedor sobre os verdadeiros motivos que levaram o município a ultrapassar o limite prudencial com gastos de pessoal. O parlamentar defendeu a transparência e afirmou que é preciso apresentar os fatos de forma completa à população.
“Dois mais dois é quatro. Não é três, não é cinco. É matemática, é ciência exata”, enfatizou Fernando, ao afirmar que a situação atual da gestão da prefeita Aize Bezerra precisa ser analisada considerando os compromissos herdados da administração anterior.
Segundo o presidente da Câmara, embora o município esteja, de fato, acima do limite prudencial, esse cálculo inclui os salários atrasados deixados pela gestão passada e que estão sendo pagos pela atual administração. Entre os débitos quitados pela gestão de Aize, ele citou os quatro meses de salários em atraso dos cargos comissionados, dois meses dos efetivos, quatro meses dos professores contratados e o retroativo dos profissionais da educação, que havia sido negociado em 24 parcelas, mas foi reestruturado para seis, com quitação prevista até dezembro.
Fernando ainda destacou que, diferente do ano anterior, os contratos da atual gestão não estão sob regime de terceirização, o que significa que as despesas com pessoal são totalmente contabilizadas para fins de apuração do limite prudencial.
“Defendo, sim, a pregação da verdade dos fatos. Mas é preciso colocar a verdade por completo. A prefeita está pagando o que foi deixado para trás, e isso entra no cálculo”, reforçou.
O pronunciamento foi um chamado à reflexão e ao compromisso com a verdade, sobretudo diante dos julgamentos precipitados que, segundo ele, vêm sendo feitos sem considerar o contexto completo da atual gestão.