O maior inimigo de Rogério Marinho é ele mesmo. E o pior cego é aquele que enxerga e não vê. Todos no Rio Grande do Norte — inclusive a classe política aliada — sabem que Marinho serve mais ao estado no Senado, onde ainda tem seis anos de mandato pela frente, do que insistindo numa disputa para governador. Ele se elegeu senador, não governador.
Do Senado, pode ser peça-chave na articulação com o futuro chefe do Executivo estadual, que tende a sair das fileiras da direita, caso ela caminhe unida. A mesma lógica vale para Styvenson Valentim, que lidera pesquisas e, como senador, tem prestado relevantes serviços ao estado.
Para disputar o governo, a direita tem um nome administrativo testado: o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias, que deixou a capital com alta aprovação e foi decisivo para a eleição de Paulinho Freire. Já Rogério segue preso ao mesmo problema: sua rejeição elevada. Se não resolver isso, continuará sendo, de fato, inimigo de si mesmo.
Robson Pires
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