O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a prisão preventiva dos empresários Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “careca do INSS”, e Maurício Camisotti, investigados por participação em um esquema de desvio de recursos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A decisão foi tomada neste domingo (28) pela Segunda Turma da Corte, que já formou maioria com os votos dos ministros André Mendonça (relator), Edson Fachin e Nunes Marques. Ainda falta o voto de Dias Toffoli, enquanto Gilmar Mendes se declarou impedido.
Os dois empresários foram presos em operação da Polícia Federal (PF) e são apontados como peças-chave no esquema. Segundo a PF, Antunes atuava como intermediário de sindicatos e associações, desviando recursos de aposentados e pensionistas, além de ser sócio de 22 empresas usadas em fraudes.
Durante depoimento à CPMI do INSS, Antunes negou envolvimento em atividades ilícitas e afirmou que seu patrimônio é fruto de trabalho honesto. Já no escritório de seu advogado, a PF apreendeu dinheiro, joias, móveis de luxo, obras de arte, armas e até uma Ferrari F8, avaliada em mais de R$ 4 milhões.
O julgamento segue em plenário virtual e pode ser suspenso caso Toffoli peça vista ou destaque até sexta-feira (3).