O Brasil subiu 47 posições no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa da Repórteres Sem Fronteiras e agora ocupa o 63º lugar entre 180 países. A melhora reflete um ambiente menos hostil ao jornalismo após a gestão Bolsonaro. Apesar disso, o relatório alerta: metade dos países do mundo vive condições consideradas ruins para a prática do jornalismo, e em apenas um quarto a situação é satisfatória.
A pesquisa avalia cinco aspectos: político, social, econômico, legal e segurança. Em 2025, o fator econômico foi o que mais pesou negativamente, destacando a concentração da mídia, pressão de anunciantes e falta de transparência em apoios públicos. A RSF reforça: sem independência financeira, não há imprensa livre.
Em contrapartida à melhora do Brasil, países como Argentina e Peru sofreram queda acentuada no ranking, por perseguições políticas e pressão sobre jornalistas. Nos Estados Unidos, a confiança na mídia caiu, com redução de apoio à imprensa independente.
A RSF também critica o impacto das big techs, como Google e Facebook, que concentram receitas de publicidade e favorecem a desinformação. Já o Oriente Médio segue como a região mais perigosa para jornalistas, com destaque negativo para o massacre da imprensa em Gaza.