O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou nesta quarta-feira (8), em entrevista à CNN Brasil, que sua permanência no União Brasil se tornou “insustentável”. A declaração ocorre no mesmo dia em que a sigla decidiu afastá-lo e abriu um processo de expulsão.
Sabino criticou a intervenção no diretório estadual e afirmou que vai se defender “de peito aberto e cabeça erguida” no Conselho de Ética. Segundo ele, apesar das amizades e alianças políticas construídas, sua trajetória no partido “já deu o que tinha que dar”.
Em setembro, o União Brasil determinou que filiados com cargos no Executivo deixassem suas funções. Sabino chegou a entregar a carta de demissão ao presidente Lula, mas foi convencido a continuar no governo.
O deputado Fabio Schiochet (União-SC), relator do processo disciplinar, afirmou que não pedirá a expulsão sumária e que o ministro seguirá no partido até a COP30. O prazo para conclusão do processo é de até 60 dias.
Mesmo com eventual parecer favorável no Conselho de Ética, a Comissão Executiva Nacional pode decidir pela expulsão, caso obtenha votos de 3/5 dos integrantes, como prevê o Artigo 97 do estatuto da sigla.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil