A Câmara dos Deputados viveu uma madrugada de decisões intensas nesta quinta-feira (11/12). O processo de cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP) foi arquivado, pois o parecer pela perda do mandato não alcançou os 257 votos necessários.
Antes disso, os deputados analisaram o caso de Glauber Braga (PSOL-RJ). Apesar de o Conselho de Ética ter recomendado sua cassação, uma emenda do PSOL — apoiada pelo governo e pelo Centrão — substituiu a punição por suspensão de seis meses, aprovada por 318 votos. Glauber era acusado de quebrar o decoro ao expulsar a chutes um militante do MBL da Câmara; ele alegou ter reagido a uma ofensa à sua mãe.
O caso de Glauber gerou tumulto no dia anterior: o deputado tentou ocupar a mesa da Presidência e acabou sendo retirado à força pela Polícia Legislativa, em um episódio que levou ao bloqueio das transmissões oficiais e críticas a agressões contra jornalistas.
Já Carla Zambelli, atualmente presa na Itália aguardando extradição, teve o processo de cassação rejeitado pelo plenário. Ela acumula duas condenações:
– por participação intelectual na invasão aos sistemas do CNJ, junto ao hacker Walter Delgatti;
– por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal, após perseguir um apoiador de Lula em 2022.
Mesmo impedida de disputar eleições, ela mantém o mandato devido ao arquivamento do processo.
Com informações do Metrópoles
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