A Polícia Federal (PF) cumpre mandado de busca e apreensão em endereços ligados ao advogado Éric Douglas Martins Fidelis (foto em destaque) na nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada nesta quinta-feira (18/12). A fraude foi revelada pelo Metrópoles.
A ação investiga um esquema nacional de descontos associativos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS. Filho do ex-diretor de Benefícios do instituto André Fidelis, já preso na etapa anterior, Éric é apontado como um dos operadores financeiros do esquema.
Agentes cumprem mandados de busca e apreensão contra o advogado, autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em meio a uma megaoperação que inclui 16 prisões preventivas e 52 buscas em sete unidades da federação.
Segundo a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), o esquema funcionava a partir de associações de aposentados que passaram a descontar mensalidades diretamente dos benefícios previdenciários sem autorização dos segurados.
Os valores, depois, eram pulverizados em uma cadeia de empresas, escritórios e pessoas físicas ligadas aos articuladores do esquema.
Relatório da CPMI das fraudes no INSS aponta que o escritório Eric Fidelis Sociedade Individual de Advocacia, com sede em Recife, recebeu pelo menos R$ 1,5 milhão de empresas ligadas a Antônio Carlos Camilo Antunes, o chamado “Careca do INSS”, preso desde setembro e apontado como um dos líderes do esquema.
Além disso, segundo o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), outros R$ 1,8 milhão foram repassados diretamente à conta pessoal de Éric. Ao todo, os valores atribuídos ao advogado ultrapassariam R$ 3 milhões.
Metropoles.com
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