As mais de duas mil doses do antídoto fomepizol, indicado para pessoas intoxicadas com metanol, devem chegar ao Brasil na semana que vem, de acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O medicamento foi comprado de uma fabricante japonesa.
"Além do etanol farmacêutico, que já está garantindo o tratamento dessas pessoa. Ao longo da próxima semana chega ao Brasil o fomepizol — 2.500 tratamentos já foram adquiridos pelo Ministério da Saúde junto com a Organização Pan-Americana da Saúde".
O Ministério da Saúde comprou mais 12 mil ampolas de etanol farmacêutico - além das 4.300 já adquiridas anteriormente. O antídoto será distribuído pelos centros de referência de toxicologia no país.
De acordo com Alexandre Padilha, o Brasil conta com 609 farmácias de manipulação com capacidade de produzir o etanol farmacêutico, que está garantido na rede do SUS para os casos suspeitos com recomendação médica.
Até o momento, já são 127 casos notificados de intoxicação por metanol no Brasil; 11 deles confirmados e 116 em investigação. O aumento se deu nos casos suspeitos e não confirmados.
Todos os casos confirmados e a maioria dos suspeitos, até o momento, estão no estado de São Paulo. O estado do Piauí notificou na noite da sexta-feira (3) o primeiro caso suspeito.
Neste sábado (4), em Teresina, no Piauí, Alexandre Padilha destacou a importância da notificação imediata pelos profissionais da saúde na primeira suspeita clínica.
"Quando o profissional de saúde da rede pública ou privada faz a notificação imediata, o centro de referência de toxicologia de cada estado fica sabendo desse caso e já dá apoio a esse médico, a esse profissional de saúde, na condução correta desse caso. Começa a tomar as medidas, seguir o protocolo do Ministério da Saúde, iniciar todas as condutas recomendadas pelo Ministério — inclusive o uso do antídoto, que é o etanol farmacêutico".
Para a população, a recomendação é evitar neste momento ingerir bebidas destiladas, especialmente garrafas com tampa de rosca. E para os comerciantes, a orientação é se certificar da procedência do produto. Em caso de dúvidas sobre a característica do lacre, é possível consultar as informações corretas no Ministério da Agricultura e Pecuária.
