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Juiz é processado por sentença defendendo prostituição e ‘relação com puta’


O Tribunal de Justiça de Goiás aprovou hoje a abertura de um PAD (Processo Administrativo Disciplinar) contra o juiz Thiago Brandão Boghi, da comarca de Santa Helena de Goiás (GO), por causa de uma sentença emitida por ele em 2021, em que ele escreve que “se relacionar com putas” era motivo de “boa reputação” e lamentando que “os tempos mudaram” e hoje a prostituição “virou ofensa”.

A sentença polêmica envolvendo o juiz foi emitida em setembro de 2021, quando ele não reconheceu o crime de difamação em um processo na cidade de Santa Helena de Goiás.

O homem que moveu a ação estava em busca de uma indenização após uma mulher falar para a esposa dele que ele estava usando drogas e “saindo com putas”.

Na decisão, o magistrado pontuou: “Aliás, no meu tempo de juventude, um homem se relacionar com ‘putas’ era considerado fato de boa reputação, do qual o sujeito que praticava fazia questão de se gabar e contar para todos os amigos, e era enaltecido por isso, tornando-se ‘o cara da galera'”.

A abertura do PAD teve 12 votos favoráveis e seis votos contrários.

Os desembargadores a favor opinaram que o processo poderia dar uma lição ao magistrado ou até mesmo oferecer a possibilidade dele se justificar.

“A decisão pode servir de caráter pedagógico para que aquele que está sendo submetido ao PAD possa ter uma reflexão maior e um cuidado maior em relação ao uso das palavras. Repito: o que mais me chocou aí dentro foram as palavras que ferem a moralidade — como se fosse uma coisa comum, até de galanteio, dizer que praticava imoralidade”, afirmou o desembargador Leobino Valente Chaves.

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