
A Polícia Federal prendeu, na manhã desta terça-feira, o desembargador federal Macário Judice Neto, apontado como suspeito de ter vazado informações sigilosas sobre uma operação que teve como alvo o deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias (MDB). A prisão foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A informação é do colunista Fabio Serapião, do UOL. A ação faz parte da segunda fase da Operação Unha e Carne, que apura a interferência de agentes públicos em investigações contra o crime organizado no Rio de Janeiro. Na primeira etapa, a PF chegou a prender o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), que acabou sendo solto na semana passada após decisão do ministro Alexandre de Moraes, confirmada pelo plenário da Casa Legislativa fluminense.
Segundo os investigadores, Macário Judice Neto atuava como relator do processo envolvendo TH Joias e é suspeito de ter antecipado detalhes da operação, o que teria permitido a obstrução das apurações. O vazamento está ligado à Operação Zargun, deflagrada em setembro, que investiga conexões entre políticos, agentes públicos e organizações criminosas no estado.
Além da prisão do magistrado, a Polícia Federal cumpre dez mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. As ordens judiciais foram expedidas pelo STF.
Em nota, a PF informou que a operação se insere no contexto das determinações da Corte no julgamento da ADPF 635, conhecida como ADPF das Favelas, que atribuiu à Polícia Federal a condução de investigações sobre grandes grupos criminosos armados e suas relações com autoridades públicas no Rio de Janeiro.
A investigação que envolve TH Joias apura suspeitas de vínculo entre integrantes do crime organizado e agentes do Estado, incluindo possível favorecimento e vazamento de informações sigilosas para dificultar ações policiais.
Com informações do UOL
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