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ANTÔNIO CÂMARA, UM SER HUMANO EXCEPCIONAL

 

Da esquerda para a direita: Dodoca Benfica, Pedro França, Aldo Torquato, Múcio Benfica e Antônio Câmara

*Aldo Torquato, advogado e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte

Muitos hão de lembrar Antônio Severiano da Câmara Filho, ou simplesmente “Toinho Câmara”, como o homem público, eleito quatro vezes deputado estadual e duas vezes deputado federal, líder inconteste da região do Mato Grande, de quem foi autêntico representante e por quem dedicava inescondível paixão; membro do Tribunal de Contas do Estado, do qual foi Presidente, além de outras funções que exerceu ao longo do tempo, tais como Diretor do Departamento de Cooperativismo, no governo Aluízio Alves e Secretário de Assuntos de Governo, na gestão Garibaldi Filho.

Em verdade, Toinho foi durante mais de duas décadas esse autêntico representante da sua região, defendendo com altivez e veemência os seus mais elevados interesses nas tribunas da Assembleia Legislativa ou da Câmara Federal, com destaque para os inúmeros discursos que proferiu clamando por solução para o abastecimento d’água da sua terra natal, Baixa-Verde, como gostava de dizer.

Durante todos os anos em que cumpriu seus mandatos populares, nunca deixou de comparecer aos eventos, desde os mais destacados, até os mais simples, fossem festas de padroeiras, carnavais, missas, batizados, sepultamentos ou manifestações públicas em prol de nomes que defendia no campo político-partidário.

Mas, não é do homem público que desejo falar nesse momento doloroso da sua partida. Destaco, com ênfase, o homem, o ser humano inigualável, solidário, correto, sensato, conselheiro. Daqueles raríssimos a quem podemos chamar de “amigo”.

Para exemplificar, lembro que certo dia, eu, ainda prefeito do município de João Câmara, chegando à sua residência no bairro Roselândia, em Natal, logo que me viu ele me perguntou o que estava acontecendo comigo. Respondi, nada. Está tudo bem. Ele retrucou: não está tudo bem. Você está diferente. Mas não insistiu em me questionar. Seu lado ético não lhe permitia adentrar na intimidade das pessoas. Passadas algumas horas, quase sem me sentir, lhe relatei um problema que estava me afligindo, ao que ele de imediato me falou: eu sabia que você não estava bem!

Assim era Antônio Severiano da Câmara Filho, o nosso “Toinho Câmara”, um ser humano raro nos tempos de hoje. Por isso, sua partida deixa um vazio profundo e impreenchível no coração dos seus familiares e amigos, dentre os quais tive a felicidade de me incluir.

Via Blog do Tulio Lemos

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